quinta-feira, 8 de março de 2018

O absurdo da humanidade

Já não é de hoje que, normalmente, pessoas consideram (boa parte dos) fatos que lhes são apresentados como sendo verdade. Até aí, problema algum, visto que normalmente as informações não investigadas são inofensívas, certo? Bem, tenho lá minhas dúvidas.

O fim do mundo (de todas as formas que sua imaginação pode conceber), invasão de alienígenas, conspirações governamentais para manter certas coisas (absurdas) em segredo, entre outras maluquices, são as fontes que geram e geraram desde de discórdias pacíficas até o fato de que "essa pessoa deve ser encarcerada, torturada e morta se continuar defendendo esta ideia".

Conceitos estranhos e sem comprovação ocorrem desde sempre. Na Grécia antiga, Ptolomeu afirmou que a terra era o centro de tudo e os astros giravam ao seu redor, e nos dias atuais, quando um certo alguém afirmou que um planeta vermelho gigante iria se chocar com a terra (ou algo parecido) e que isso geraria uma revolução espiritual (?), houve uma legião de pessoas que tentaram sustentar tal afirmação até o ponto dela se tornar um motivo de piada (e consequentemente, as pessoas que assim o fizeram, também viraram motivo de chacota).

Fala-se muito em mecânica quântica espiritual, afastamento de galáxias que influenciam em um tipo de transição de uma era da alma para outra, entre dúzias de outros absurdos e ainda hoje, há pouquíssimas pessoas que fazem uma investigação mais detalhada dos fatos, observando-os e testando-os, para que estes sejam confirmados ou não (vide o método científico).

Desde Ptolomeu até o século 21 pouco mudou.
For the science sake, que possamos ler mais Hawking, Sagan, Bachelard, Descartes... Não para que sejamos cientístas de mão cheia necessariamente, mas ao menos para que não façamos parte do grande absurdo da humanidade.